domingo, 12 de dezembro de 2010

um cantinho e um violão





“Dê-nos um elevador e nós lhe daremos um espetáculo”, diziam Ronald Bôscoli e Miéle nos anos 60. Uma declaração dessas pode parecer pretensiosa, mas eles eram mesmo capazes de, com uma mínima estrutura, criar bons shows. Depois, veio a composição Corcovado, de Tom Jobim, que se inicia com a frase “um cantinho e um violão”, reafirmando o despojamento cênico da bossa nova e o mínimalismo das formações musicais, muitas vezes compostas apenas por um ou dois instrumentos musicais. Tal despojamento musical e cênico era compensado com harmonias complexas e letras densas.

Recrio um possível cenário minimalista da bossa nova ao mostrar uma cena com poucos elementos como o banquinho, o violão e um suporte no chão, para vez ou outra colocar o instrumento. O violão apoiado no banco sugere algum improviso, elemento fundamental na execução de uma apresentação com apenas um único instrumento.

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